quinta-feira, 19 de abril de 2012

TEXTO



Objetivo.
Pretende-se a execução de uma loja ambientada em uma Kombi, utilizando para tal o conceito de Pop Up Store. Mesclado a esse conceito, pretende-se desenvolver paralelamente o branding para o artista gráfico Filip Pagowski, para isso será utilizado como pilar a parceria que Pagowski tem com a brand japonesa Comme des Garçons, da estilista Rei Karawubo, parceria da qual resultou a linha PLAY Comme des Garçons.

Problema.
Criação de um espaço comercial, em especifico uma loja onde serão comercializadas t-shirts e tênis, tendo como espaço físico um veiculo, onde todas as necessidades básicas de uma loja deverão ser atendidos, como displays, provadores, estoque, vitrina e caixa.

Como referencia deste projeto está o conceito de Pop Up Store, um conceito ainda novo no Brasil, que em suma pode ser definido simplesmente como uma loja temporária com fundo promocional, Alberto Serrentino afirma que esse conceito vai além, é a possibilidade de explorar um lugar com determinada concentração momentânea de publico, “a loja tem de fazer a pessoa ir por acreditar que há algo a mais, que se ela não conhecer visitar e usufruir, acaba logo”, diz Alberto, isso porque é um projeto perecível, podendo durar de alguns dias a alguns meses, mas não mais que isso.  Aliado a elementos como surpresa, diferenciação, exclusividade, uma Pop Up Store possui ainda um grande caráter artístico, pois não limita a criação e a ousadia, que pode ser explorada com shows, exposições de arte etc.  não há limites, tudo depende do conceito aplicado ao ambiente. André Hidalgo em matéria para o site “Pequenas Empresas Grandes Negócios”, diz que mesmo com a dificuldade atual em inovar, é possível chamar a atenção do público de outras formas, “Hoje em dia é difícil fazer algo totalmente novo. O novo fica por conta da maneira como você interpreta e de como se oferece isso para o público [...]”.
Conectado a isso, pretende-se criar um branding que é definido como,

"[...] o conjunto de ações ligadas à administração das marcas. São ações que, tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura, e influenciar a vida das pessoas. Ações com a capacidade de simplificar e enriquecer nossas vidas num mundo cada vez mais confuso e complexo." [MARTINS, José Roberto, 2006, página 8]

pode-se concluir então que um bom branding é o essencial para desenvolver o reconhecimento da empresa por parte do consumidor, no caso deste projeto o publico alvo, agregando assim, um valor a esta empresa.
É de suma importância à empresa conseguir agregar ao produto determinado valor, de maneira que este passe a ser visto como um objeto de desejo, de necessidade, que aqui pode ser entendida, como afirmam Fernando e Ricardo Jucá, tanto como necessidades racionais, fisiológicos, por se tratar de um espaço comercial que vai assumir a responsabilidade de suprir alguma necessidade, como também uma necessidade emocional, de realização social,

“a idéia de que pessoas procuram produtos [...] e que, por possuírem esses produtos, esperam que a identidade seja vista como deles próprios e o fato de que pessoas querem comunicar sua identidade, valores [...] através dos produtos” (GOVERS, 2004 apud MONT’ALVÃO, Cláudia e DAMAZIO, Vera, 2008).

que ainda segundo Fernando e Ricardo Jucá, tem sua máxima na frase “necessitamos para viver, mas desejamos porque estamos vivos”.
No entanto, para entender como se deu o projeto, é necessário primeiramente conhecer as partes envolvidas, o publico alvo para quem se está projetando, assim como o produto e os locais de promoção deste e o local de execução, ou seja, o projeto como um todo.
Como produto e ponto principal para a execução deste, está o trabalho do artista gráfico polonês Filip Pagowski que é, a marca para qual será desenvolvido o branding, além de Pagowski temos também a brand Comme des Garçons, da estilista Rei Kawakubo, que pode ser considerado o pilar para o desenvolvimento deste, visto que é a partir da linha PLAY Comme des Garçons, que é o desdobramento cool do império de Kawakubo, resultado da parceria entre ambos, que se teve a idéia deste projeto.
Como ponto de partida vamos introduzir a marca já estabelecida para depois apresentar o produto, seguindo o mesmo esquema que nos levou a Pagowski, primeiro conhecendo Rei Karawubo e sua Comme des Garçons, em seguida a linha Play e por fim Pagowski.

Nascida em Tóquio, Rei kawakubo não possui formação em moda como o esperado de uma grande designer de moda, mas sim, graduação em Belas Artes e Filosofia pela Keio University, localizada em Tóquio, tal formação agregou a Rei uma maneira diferente de ver o mundo em que se inseriu antes mesmo de se tornar a estilista famosa que hoje é.
Iniciou seu trabalho com moda, mesmo não tendo interesse em percorrer esse caminho, como stylist, profissão não muito comum no Japão de 1967, como não encontrava roupas que atendessem a seus desejos como stylist, Kawakubo começou a desenha-las. Em 1970 iniciou a venda de suas criações, nesse momento Kawakubo já utilizava o nome Comme des Garçons para suas criações, porém, algumas peças não chegavam ao publico com o mesmo.
Em 1976 foi quando a primeira loja Comme des Garçons abriu formalmente suas portas em Tóquio, com uma coleção feminina, logo depois em 1978 Kawakubo apresentou sua primeira coleção masculina intitulada Homme.
Mas foi em 1981 que a Comme des Garçons teve seu primeiro ato de sucesso, a coleção apresentada em Paris, que foi o estopim para o grande sucesso que a marca possui até hoje, a critica dividiu-se no que dizia respeito às criações de Kawakubo, por seu teor vanguardista para a época.
Firmou-se rapidamente na cidade após esse feito, abrindo sua primeira loja fora de Tóquio já em 1982, atualmente Kawakubo ainda é o nome por trás da Comme des Garçons, juntamente com outros dois designers, Junya Watanabe e Tao Kurihara.
A Comme des Garçons segue um propósito de ser uma marca conceitual, com identidade forte e definida. Tem uma linguagem vanguardista, desde os primórdios de sua criação, vide o desfile de estreia, onde havia predominância do preto em looks monocromáticos, o que fugia totalmente dos parâmetros dos anos 80.
Extravagância é uma palavra que define em partes o que é a Comme des Garçons, que além disso propõe a ideia de inovação e contradição dos paradigmas da sociedade, colocando na passarela homens de saia e mulheres de ternos, além é claro das texturas, volumes e desconstruções totais dos looks apresentados ao grande publico de maneira um tanto quanto teatral.
A Comme des garçons não segue regras, linhas perfeitas e tampouco importa-se [...] com o que é ou não correto. Aliás o que é mesmo correto? [...] talvez seja não corrigir! Talvez seja extrapolar, ir do branco ao preto, do sépia ao cinza [...].” (ANDRADE, Juliana; Revista AIR, 2006).

Tudo isso de maneira irregular, pois conforme diz Kawakubo (1997) “A criação não é algo que pode ser calculado”.
No entanto, além da linha principal Comme des Garçons, existem ainda outras sublinhas advindas ou não, de colaborações com diversos artistas, são elas, a Comme des Garçons Tricot, PLAY Comme des Garçons, Comme des Garçons Shirt e Comme des Garçons Noir, além das colaborações que Kawakubo mantém com arquitetos responsáveis pelos projetos de suas lojas nos quatro cantos do mundo. A formação de Kawakubo em Belas Artes e Filosofia, proporciona às suas criações e lojas, estas com projetos que Kawakubo se envolve desde a ambientação até ao conceito aplicado ao local, um clima conceitual e que ela faz questão de sempre estar envolvida, aspectos únicos e conceituais.
Dentre as linhas citadas e, como já dito anteriormente, foi escolhida a Comme des Garçons PLAY, para ser o pilar do projeto, que é a linha desenvolvida com a colaboração de Pagowski, nosso produto. A linha é voltada para o publico jovem e descolado que fazem parte da geração streetstyle , está voltada para o individuo, abrindo possibilidades para o estilo de cada um, tem como logo o coração com olhos puxados, que diz-se ser uma referencia a origem nipônica de Kawakubo e que foi criado pelo artista.


Filip Pagowski é um artista gráfico polonês, seu pai, Henry Tomasxewski e sua mãe foram grandes influencias para seu trabalho, ambos trabalhavam com design gráfico, seu pai inclusive participou ativamente do grupo de designers gráficos formado entre 1970 e 1991 Grapus, que tem uma grande influencia em seu trabalho.
Mudou-se para New York onde trabalha e tem forte reconhecimento como designer gráfico, reconhecimento este reconhecido através de seu portfólio que conta além da Comme des Garçons, com Diane Von Furstenburg, Flaunt Magazine, The New York Times etc.
Para conseguir entender o trabalho de Pagowski, através de uma consulta ao trabalho deste,  foi elaborado usando a técnica de criatividade conhecida como “Teia de Aranha” (IMAGEM), um concept para elaboração do branding, observou-se pontos fortes no trabalho de Pagowski que são vertentes da sua linguagem de projeto, é perceptivo que ele brinca com as ilustrações desenvolvidas: traços fortes e sinuosos que pontuam seus trabalhos remetem às linhas infantis, lembrando os desenhos realizados com pinceis, em suma, um desenho gestual.
O artista domina os traços que, ora nos remete ao humano, ora ao não humano, além disso, a projeção de cores em seu trabalho é bem definida, transita entre as primárias azul, vermelho e amarelo com alguns toques da secundária verde, no entanto, sempre com a base no preto e/ou no branco.
Existe ainda uma tendência étnica no trabalho de Pagowski, devido ao uso de linha expressiva, e também pela repetição de elementos e pela inserção complementos a estes, construindo assim figuras de cunho surreal.

Durante pesquisa sobre Pagowski descobriu-se que uma grande influencia para o seu trabalho advinha de seu pai, Henryk Tomaszewski, que participou de forma direta da criação do grupo de designers, Grapus, que tinham um engajamento em causas políticas, sociais e culturais.
Formando em 1970 na França por Pierre Bernard, tinham como forte característica como o uso de textos gestuais, vocabulário simbólico e o uso de várias técnicas como forma de expressão dos trabalhos, além disso, utilizavam da técnica bastante conhecida como détournement, que em uma tradução livre do francês significa desvio, poderíamos dizer então que a técnica se embasa na critica a determinado assunto utilizando de imagens, ou então, que é a variação de um trabalho já conhecido produzindo a este outro significado, fala-se ainda em vandalismo visual.  Acreditavam no uso do design como ferramenta para alcançar a mudança social que desejavam.



02.5 Por estarmos lidando com um produto, devemos conhecer, portanto quem é o público-alvo que irá consumi-lo, segundo Miriam Gurgel “não existe o que se não houver para quem”, Alexandre Herchcovitch complementa dizendo que descobrir o consumidor do produto final, seja ele qual for, é uma das balizas (?) de suma importância, segundo ele, é imprescindível saber questionar pra quem se oferece algo.


“Os mercados não são homogêneos. Uma empresa não pode atender a todos os clientes [...]. Os consumidores diferem entre si em muitos aspectos e, em geral podem ser agrupados segundo uma ou mais características.” (KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane, 2011, pg 236).

Elaborou-se então um questionário com intuito de aprofundar o conhecimento sobre um possível público alvo. Determinamos, a priori, um grupo demográfico para distribuição dos questionários, pois sabíamos a quem poderia interessar o projeto. Foram questionadas 41 pessoas via internet, dessa forma foi possível que pessoas de diferentes tribos fossem contatadas. O questionário (ANEXO) possui perguntas de múltipla escolha e perguntas abertas, estas para sabermos de forma aprofundada a opinião do público alvo em questão, segundo Miriam Gurgel, “é fundamental para o sucesso do projeto que o público-alvo seja corretamente identificado”.
Os resultados apontam que 48% das pessoas entrevistadas são do sexo masculino e 51% do sexo feminino, com idade entre 19 e 25 anos. As amostras revelam ainda que 95% dos entrevistados possuem formação acadêmica em andamento ou já finalizada, 5% destes que finalizaram estão em fase de doutorado, mestrado ou especialização. A área de atuação é mista, porém tem sua maioria em graduação de Design de Moda, Interiores, como também Arquitetos e Urbanistas e Artistas, em suma, profissionais que têm maior contato com novidades em design e arte no geral.

Em relação ao estilo pessoal, as respostas foram variadas, cada indivíduo faz parte de determinada tribo urbana, que tem como objetivo principal estabelecer redes de amigos com base em interesses comuns. Os estilos que prevaleceram na amostra foram: casual fashion, despojado, moderno, girlie, humorístico, rocker, largado nerd, alternativo, eclético etc.
Quando questionados sobre a brand Comme des Garçons, 46% tinham conhecimento da marca contra 54% que ainda não conheciam, destes, 73% comprariam os produtos PLAY Comme des Garçons enquanto 27% não teriam interesse na compra. O gasto com produtos de vestuário dos entrevistados variam, quando questionados sobre os gastos com T-shirts 44% gastam até R$50,00, outros 32% gastam até R$100,00 e 22% gastam até R$200,00. Já quando perguntados sobre tênis 12% gastam até R$100,00, 32% até R$200,00, 44% até R$300,00 e 12% acima de R$300,00.
Para descobrir o que mais chamou atenção dos entrevistados no trabalho de Pagowski, ainda sem relação com a Comme des Garçons, questionamos o que mais havia chamado a atenção dos entrevistados, algumas das respostas obtidas foram: o traço, as formas lúdicas dos desenhos, as cores vivas utilizadas que brincam com o preto e o branco, a pegada vintage mesclada com o contemporâneo, as linhas irregulares, o uso de partes humanóides em contraposição com figuras diversas, a originalidade advinda da simplicidade, os desenhos que são construídos de forma irregular, porem completamente entendíveis, etc.
Direcionando para o projeto, questionou-se o interesse pessoal de se deslocar até o espaço onde haveria a promoção do Pagowski aliada à venda de produtos PLAY Comme des Garçons, 88% responderam que sim, iriam contra 12% que não se deslocariam.
Antes da distribuição dos questionários, foi feita uma pesquisa sobre lugares que chamariam a atenção do grupo demográfico a ponto deste se deslocar a um espaço físico onde seria executada a loja, foi então que surgiu a opção de realizar o projeto em uma Kombi, veículo utilitário e versátil da Volkswagen.
Com o questionário, confirmou-se que o espaço escolhido seria bem aceito, 100% das pessoas questionadas acham interessante a execução de uma loja em uma Kombi. O motivo dessa aceitação é indefinido, mas podemos induzir que tenha caráter afetivo, uma projeção sentimental do significado que a Kombi possui devido ao seu histórico, mas isso é uma hipótese.
Conclui-se que o público alvo do projeto é jovem, entre 19 e 25 anos, com interesse em arte, design e moda, pertencentes a tribos variadas que vão do rocker ao girlie, passando pelo casual fashion e despojado, moderno e romântico.


02.6 CHOIX - A COMPLETAR



02.7 Depois de conceber que o projeto teria um caráter itinerante, tínhamos que decidir em qual contexto esse seria inserido, o que gerou um problema, pois deveria ser um local onde a concentração do publico alvo fosse significativa, foi então que se questionou, porque não os eventos de moda que acontecem sazonalmente no Brasil? São eventos onde a concentração de publico jovem e interessado em arte, moda e acima de tudo em consumir é grande. E, além disso, seria de fácil promoção, pois uma vez em conhecimento do publico alvo a disseminação da informação seria instantânea, pois,


“[...] o consumo atende, sobretudo, à necessidade social de nos relacionarmos com outras pessoas e atentam, para a função cultural dos produtos [...] {que são} mediadores materiais de nossas relações sociais.” (DAMAZIO. Vera; LIMA, Júlia; MEYER, Guilherme, pg 75 apud DOUGLAS, M.; ISHERWOOD, B. 2004).


Definiu-se então, que os locais de promoção, seriam as semanas de moda do Brasil, duas foram selecionadas, a Fashion Rio e a Capital Fashion Week.
Sobre os espaços que envolvem o projeto:


02.7.1 Kombi, veiculo utilitário da Volkswagem, Kombi é uma supressão de Kombinationsfahrzeug que em tradução livre do alemão quer dizer “veiculo multiuso”. O conceito do utilitário é da década de 1940, idealizado por Major Ivan Hirts, oficial inglês das forças de ocupação e encarregado da produção, juntamente com o alemão Alfred Heasner, engenheiro e principalmente pelo holandês Bernardus Marinus "Ben" Pon, dono da concessionária onde foi idealizada. Teve seus esboços baseados no chassi do Fusca e tinha intenção de ser a primeira minivan do mundo no entanto, os primeiros exemplares não foram bem sucedidos, mas após três anos e um redesign no modelo pensado a principio, finalmente em março de 1950, especificadamente no dia oito, o utilitário era lançado.
A partir de 1953 o grupo Brasmotors começa a montar o utilitário no Brasil, e em 1957 ele começa a ser fabrica nas terras tupiniquins, a Kombi foi o primeiro veiculo da Volkwagem produzido no Brasil, único lugar do mundo onde o modelo ainda é produzido e mantém o mesmo sucesso da época de seu lançamento.

02.7.2 Fashion Rio - Pier Mauá - A COMPLETAR

02.7.3 Capital Fashion Week - A COMPLETAR

03. Programa de Necessidades
Por se tratar de um espaço comercial, e por ter como espaço físico um veiculo, alguns pontos foram levantados, afinal existem algumas necessidades básicas que uma loja deve atender: Displays– Local de exposição dos produtos dentro da loja deve chamar a atenção do consumidor/ passante para o produto que ali esta sendo exibido.
Provadores- “os provadores devem acomodar o corpo humano nas várias posições assumidas ao experimentar uma peça de roupa” (PANERO; ZELNIK. 2002, pg. 204)
 Estoque– Local onde a mercadoria é armazenada deve ser de fácil acesso e organizado para maior agilidade do vendedor neste espaço.
Vitrina– Segundo Sylvia Demetresco, a vitrina é a forma de manifestar o imaginário social, incentivando a sensibilidade e proporcionando ao passante o prazer, é um espaço onde cria-se ilusões de desejo ou de necessidade, espaço para descoberta informativa, em suma, pode-se dizer que é a ligação entre o produto e o consumidor.
Caixa/ balcão/ setor de embalagens – Locais de suma importância em um espaço de compra e venda, é onde se finaliza o processo, armazenam-se as sacolas, é o ultimo local que o consumidor terá contato no espaço da loja, deve ser, portanto organizado e não tumultuado.
Com isso tínhamos em mãos um objetivo de projeto, espaços definidos, tanto de execução quanto de apresentação, mas em contrapartida alguns problemas que este deveria resolver para existir.